Dona Lina


 

Estes dias, olhando alguns guardados de outros tempos, me deparei com esta foto.

Era um dia de reunião de família e custo a acreditar que já se vão 18 anos desde então. 

A senhora à minha direita foi uma de minhas musas inspiradoras, a Dona Lina, mãe da minha mãe. 

Falar das mulheres da minha família é no mínimo delicado. São muitas e maravilhosas, cada uma com sua personalidade e atuação. Mas hoje eu quero falar desta mulher, pra quem tive a alegria de tocar um violãozinho despretensioso num dia das mães, há 18 anos.

Hoje, 17 de março, seria aniversário dela. E sem ela, não existiria eu.

Dona Lina morou grande parte de sua vida no interior de São Paulo, Marília, e toda vez que nos recebia de visita, era uma festa de aconchego e de mesas fartas de mimos em forma de comida.

Com ela, aprendi a escolher legumes e frutas no varejão. Sempre cantarolando pelo caminho. 

Com ela, aprendi a fazer massa de macarrão caseiro, aprendi a picar legumes, a cuidar de coisas da casa. Sempre cantarolando. 

Com ela, aprendi mais coisas do que vou poder contar aqui. Coisas belas, coisas tristes, pois cada história de vida carrega sua singularidade. E quando escrevo "sempre cantarolando", não era eu. Era ela.

Blue Moon, Ave-Maria no Morro, As Pastorinhas. Touradas em Madri. Quem Sabe? Dona Lina era fera no repertório!

Eu segui pela vida cantarolando no dia-a-dia também: nos varejões, em casa, na sala de aula, até nos palcos e gravações. Esse cantar me aquece, e aprendi a compartilhá-lo com meu entorno.

Guardo com carinho os aprendizados, e agradeço sua passagem aqui na terra, Dona Lina.

Sua luz, como das estrelas, segue brilhando entre nós!

 


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